ARTIGO I – SYLLABUS DE ERROS REFERENTE AO SISTEMA R&R
7. Proposições comumente defendidas pelos adeptos do R&R.
1. A autoridade da Igreja Católica pode falhar na sua missão de proteger o depósito da fé e pode negligenciar a defesa da verdade.
2. A verdade da fé e a moral pode ser obscurecida e ignorada em toda a Igreja.
3. A autoridade da Igreja Católica pode falhar na sua missão de proteger os sacramentos instituídos por Cristo e até mesmo promulgar ritos litúrgicos deficientes em relação à piedade ou ainda que poderiam tornar os sacramentos duvidosos.
4. O Romano Pontífice é simultaneamente o chefe da Igreja Católica e de uma Igreja Ecumênica. Alguns dos seus atos são dirigidos à Igreja Católica, outros são dirigidos à Igreja Ecumênica. Os católicos têm o direito de julgar o valor dos atos da Santa Sé, a fim de determinar se eles são dirigidos à Igreja Católica ou à Igreja Ecumênica.
5. É irrelevante e insignificante aos católicos saber quem é o Papa e tem poucas consequências para a sua salvação. Na confusão atual, é prudente e seguro ficar na ignorância ou permanecer na dúvida sobre esta questão.
6. Os Papas erraram muitas vezes no passado em matéria de fé e de moral no seu dever de mestres universais dos fiéis.
7. Um concílio ecumênico pode errar em matéria de fé e de moral a ponto de ensinar doutrinas anteriormente condenadas de forma definitiva.
8. Os católicos são livres para ignorar e mesmo de repudiar publicamente as decisões de um concílio ecumênico legítimo da Igreja Católica.
9. O magistério universal dos bispos, submetido e unido ao Romano Pontífice, pode falhar na missão da Igreja de pregar a fé na sua integridade e o magistério universal dos bispos juntamente com o Papa não é infalível.
10. Os católicos são obrigados a concordar apenas com o que é ensinado definitivamente por um decreto expresso solenemente e não pelo magistério ordinário e quotidiano.
11. Os católicos não são obrigados a concordar com os ensinamentos estabelecidos pelo magistério meramente autêntico da Igreja, mas são livres para ignorá-los e mesmo de repudiá-los publicamente. Os católicos são livres de manter doutrinas condenadas desde que não sejam formalmente anatematizadas.
12. A autoridade da Igreja pode dar uma disciplina universal prejudicial ou, de alguma forma, deficiente.
13. Os católicos são livres de recusar e também de repudiar publicamente as leis disciplinares universais da Igreja.
14. A Igreja não é infalível na promulgação e imposição dos ritos litúrgicos universais.
15. As leis litúrgicas da Igreja universal podem causar um enfraquecimento da fé e levar os fiéis à impiedade.
16. Os católicos são livres de recusar e até de repudiar publicamente as novas leis litúrgicas dadas pela autoridade da Igreja Católica.
17. A Igreja não é infalível na canonização solene dos santos.
18. Os católicos são livres de ignorar e mesmo de repudiar publicamente as canonizações solenes da Igreja Católica.
19. Os católicos são livres de recusar a obediência à autoridade da Igreja Católica, desde que professem este dever de obediência com sinceridade e piedade.
20. Os bispos são livres de recusar a obediência ao Romano Pontífice se acharem que têm uma boa razão.
21. Os católicos são livres de julgar o valor das decisões da autoridade da Igreja Católica.
22. Os católicos são livres de julgar o valor das declarações de nulidade do matrimônio emitidas pela Santa Sé, e de constituir as suas próprias assembleias para confirmá-las.
23. Os sacerdotes católicos são livres de administrar os sacramentos em qualquer diocese sem a delegação do bispo legítimo. Os sacerdotes católicos, mesmo que proibidos por um bispo legítimo, podem administrar os sacramentos se o julgarem necessário. Os católicos são livres de recorrer a qualquer sacerdote para os sacramentos, mesmo contra a vontade da hierarquia legítima.
24. Os católicos são livres para erigir paróquias, escolas, seminários, conventos e mosteiros sem a autorização do bispo diocesano ou da Santa Sé. Caso haja a proibição pela hierarquia legítima, os católicos podem erigir paróquias, escolas, seminários, conventos e mosteiros, se o julgarem proveitoso para a salvação das almas.
25. É perfeitamente lícito e até virtuoso consagrar bispos apesar da proibição expressa do Romano Pontífice reinante.
26. Os católicos são livres para desprezar as sentenças de excomunhão se as considerarem injustamente dadas.
27. Os sacerdotes católicos são livres para administrar os sacramentos, apesar de terem sido suspensos ou excomungados, se considerarem que a sentença é injusta.